quarta-feira, 31 de março de 2010

Tomar

Tomar é uma cidade bonita.
Na minha infância, eu que vivia numa pequena aldeia do extremo sul da Beira Baixa (designação que aprendíamos nos bancos da escola primária - com a velha regente) já tinha como referência de uma cidade, Tomar. Tomar bela e próspera no final dos anos 60 / 70 do séc. XX, era a cada visita mais brilhante aos olhos de um pequeno rapaz. Relembro com prazer as espaçadas visitas. O fascínio e a grandeza, para uns olhos pequeninos, das fábricas (havia referencias nos "livros da escola"), dos automóveis que circulavam nas ruas e reluziam nas montras. O rio que apesar de ser mais pequeno que o meu Zêzere, trazia consigo a nobreza de rasgar e embelezar a cidade.
Tomar era também o que nos chegava à aldeia nos rótulos dos rebuçados, na lata do café (café Marquita) ou na taça da marmelada. As letras pintadas nas camionetas que passavam e nos traziam as novidades e os fornecimentos de viveres (Soeiro & Pereira, Sucessores, Lda.). Fascinaram-me, na minha juventude, as histórias dos templários e dos túneis secretos ou mesmo as coisas simples como uns cachorros no "Girassol".
Tomar foi o nome que escolhi para este blogue, porque faz hoje parte dos meus destinos diários, apesar de limitados ao espaço do IPT.
Gosto desta cidade.

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