"A importância da nota num processo de recrutamento e selecção"
- A nota têm importância?
- Quanto?
sábado, 1 de maio de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
"O estudo da GRH"
"Um administrador ganhou um convite para assistir a um concerto da Sinfonia Inacabada de Franz Schubert. Estando impossibilitado de comparecer, deu o convite ao seu director de Organização, Sistemas e Métodos. Na manhã seguinte, o administrador perguntou-lhe se tinha gostado do concerto. Ao invés de comentários sobre o que ouvira e vira recebeu o seguinte relatório:
Circular Interna nº 13/04
De: Direcção de Organização, Sistemas e Métodos
Para: Administração
Ref: Sinfonia Inacabada
1- Durante um período considerável de tempo, os músicos com oboé não tiveram absolutamente nada para fazer. O seu número deveria ter sido reduzido e o seu trabalho redistribuído pelos restantes membros da orquestra, evitando-se assim estes picos de inactividade;
2- Todos os violinos da primeira secção, doze no total, tocavam notas idênticas. Isto parece-me uma duplicação desnecessária de esforços. O número de violinos nessa secção deveria ter sido drasticamente reduzido. No caso de necessitarem de um maior volume sonoro, deveriam obtê-lo através do uso de um amplificador;
3- Muito esforço foi despendido ao tocarem meios-tons. Isto parece ser um preciosismo desnecessário e seria recomendável que as notas fossem executadas no tom mais próximo, ascendente ou descendente. Procedendo a estas alterações, poder-se-iam substituir os profissionais por estagiários;
4- Não há utilidade prática em repetir com os metais a mesma passagem já tocada pelas cordas. Se toda esta redundância fosse eliminada, o concerto poderia ter sido reduzido de duas horas para apenas vinte minutos;
5- Resumindo por fim as observações dos pontos anteriores, podemos concluir que se Schubert tivesse dado um pouco de atenção a estes pontos, talvez tivesse tido tempo para acabar a sua sinfonia inacabada."
citado em "Manual de Gestão de Pessoas e do Capital Humano"
Circular Interna nº 13/04
De: Direcção de Organização, Sistemas e Métodos
Para: Administração
Ref: Sinfonia Inacabada
1- Durante um período considerável de tempo, os músicos com oboé não tiveram absolutamente nada para fazer. O seu número deveria ter sido reduzido e o seu trabalho redistribuído pelos restantes membros da orquestra, evitando-se assim estes picos de inactividade;
2- Todos os violinos da primeira secção, doze no total, tocavam notas idênticas. Isto parece-me uma duplicação desnecessária de esforços. O número de violinos nessa secção deveria ter sido drasticamente reduzido. No caso de necessitarem de um maior volume sonoro, deveriam obtê-lo através do uso de um amplificador;
3- Muito esforço foi despendido ao tocarem meios-tons. Isto parece ser um preciosismo desnecessário e seria recomendável que as notas fossem executadas no tom mais próximo, ascendente ou descendente. Procedendo a estas alterações, poder-se-iam substituir os profissionais por estagiários;
4- Não há utilidade prática em repetir com os metais a mesma passagem já tocada pelas cordas. Se toda esta redundância fosse eliminada, o concerto poderia ter sido reduzido de duas horas para apenas vinte minutos;
5- Resumindo por fim as observações dos pontos anteriores, podemos concluir que se Schubert tivesse dado um pouco de atenção a estes pontos, talvez tivesse tido tempo para acabar a sua sinfonia inacabada."
citado em "Manual de Gestão de Pessoas e do Capital Humano"
quarta-feira, 31 de março de 2010
Estatistica II
Estatística II !
Faz-me lembrar uma saga de filmes.
Ontem encontrei o Pedro. Estava "amargurado" com o raio das notas que não saiem.
Ele apenas exteriorizava o que nos vai na alma a todos.
Não tinha custado nada uma "comunicação" com os alunos e todos entenderiamos o porquê.
Mas é muito dificil comunicar no IPT.
Tal como as contradições dos serviços que nos baralham, e dizem e desdizem.
Não aprenderemos com "as práticas", apenas com as "teóricas".
Expliquem lá porque não cumprem os regulamentos.
Ops! não é para explicar.
Já agora... expliquem-me lá o que é isso de cursos diferentes, tão diferentes que têm aulas juntos, que têm alunos que frequentam exclusivamente um e são avaliados pelos mesmos professores no outro. Se fores um aluno de fora, pedes transferência e podes vir para GE ou GE-Pós laboral que é o mesmo curso. Se és alunos do IPT, "mudas" de curso de GE para GE-Pós laboral, porque não é o mesmo curso. São cursos diferentes.
Ops! Estou tão baralhado que acho que vou dormir.
(ainda mais?)
Faz-me lembrar uma saga de filmes.
Ontem encontrei o Pedro. Estava "amargurado" com o raio das notas que não saiem.
Ele apenas exteriorizava o que nos vai na alma a todos.
Não tinha custado nada uma "comunicação" com os alunos e todos entenderiamos o porquê.
Mas é muito dificil comunicar no IPT.
Tal como as contradições dos serviços que nos baralham, e dizem e desdizem.
Não aprenderemos com "as práticas", apenas com as "teóricas".
Expliquem lá porque não cumprem os regulamentos.
Ops! não é para explicar.
Já agora... expliquem-me lá o que é isso de cursos diferentes, tão diferentes que têm aulas juntos, que têm alunos que frequentam exclusivamente um e são avaliados pelos mesmos professores no outro. Se fores um aluno de fora, pedes transferência e podes vir para GE ou GE-Pós laboral que é o mesmo curso. Se és alunos do IPT, "mudas" de curso de GE para GE-Pós laboral, porque não é o mesmo curso. São cursos diferentes.
Ops! Estou tão baralhado que acho que vou dormir.
(ainda mais?)
Tomar
Tomar é uma cidade bonita.
Na minha infância, eu que vivia numa pequena aldeia do extremo sul da Beira Baixa (designação que aprendíamos nos bancos da escola primária - com a velha regente) já tinha como referência de uma cidade, Tomar. Tomar bela e próspera no final dos anos 60 / 70 do séc. XX, era a cada visita mais brilhante aos olhos de um pequeno rapaz. Relembro com prazer as espaçadas visitas. O fascínio e a grandeza, para uns olhos pequeninos, das fábricas (havia referencias nos "livros da escola"), dos automóveis que circulavam nas ruas e reluziam nas montras. O rio que apesar de ser mais pequeno que o meu Zêzere, trazia consigo a nobreza de rasgar e embelezar a cidade.
Tomar era também o que nos chegava à aldeia nos rótulos dos rebuçados, na lata do café (café Marquita) ou na taça da marmelada. As letras pintadas nas camionetas que passavam e nos traziam as novidades e os fornecimentos de viveres (Soeiro & Pereira, Sucessores, Lda.). Fascinaram-me, na minha juventude, as histórias dos templários e dos túneis secretos ou mesmo as coisas simples como uns cachorros no "Girassol".
Tomar foi o nome que escolhi para este blogue, porque faz hoje parte dos meus destinos diários, apesar de limitados ao espaço do IPT.
Gosto desta cidade.
Na minha infância, eu que vivia numa pequena aldeia do extremo sul da Beira Baixa (designação que aprendíamos nos bancos da escola primária - com a velha regente) já tinha como referência de uma cidade, Tomar. Tomar bela e próspera no final dos anos 60 / 70 do séc. XX, era a cada visita mais brilhante aos olhos de um pequeno rapaz. Relembro com prazer as espaçadas visitas. O fascínio e a grandeza, para uns olhos pequeninos, das fábricas (havia referencias nos "livros da escola"), dos automóveis que circulavam nas ruas e reluziam nas montras. O rio que apesar de ser mais pequeno que o meu Zêzere, trazia consigo a nobreza de rasgar e embelezar a cidade.
Tomar era também o que nos chegava à aldeia nos rótulos dos rebuçados, na lata do café (café Marquita) ou na taça da marmelada. As letras pintadas nas camionetas que passavam e nos traziam as novidades e os fornecimentos de viveres (Soeiro & Pereira, Sucessores, Lda.). Fascinaram-me, na minha juventude, as histórias dos templários e dos túneis secretos ou mesmo as coisas simples como uns cachorros no "Girassol".
Tomar foi o nome que escolhi para este blogue, porque faz hoje parte dos meus destinos diários, apesar de limitados ao espaço do IPT.
Gosto desta cidade.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Passar a limpo a Matéria
Passar a limpo a Matéria
Repor no seu lugar as cousas que os homens desarrumaram
Por não perceberem para que serviam
Endireitar, como uma boa dona de casa da Realidade,
as cortinas nas janelas da Sensação
E os capachos às portas da Percepção
Varrer os quartos da observação
E limpar o pó das ideias simples ...
Eis a minha vida, verso a verso.
O que vale a minha vida? No fim (não sei que fim)
Um diz: ganhei trezentos contos,
Outro diz: tive três mil dias de glória,
Outro diz: estive bem com a minha consciência e isso é bastante...
E eu, se lá aparecerem e me perguntarem o que fiz,
Direi: olhei para as cousas e mais nada.
E por isso trago aqui o Universo dentro da algibeira.
E se Deus me perguntar: e o que viste tu nas cousas?
Respondo: apenas as cousas... Tu não puseste lá mais nada.
E Deus, que é da mesma opinião, fará de mim uma nova espécie de santo.
Alberto Caeiro
Repor no seu lugar as cousas que os homens desarrumaram
Por não perceberem para que serviam
Endireitar, como uma boa dona de casa da Realidade,
as cortinas nas janelas da Sensação
E os capachos às portas da Percepção
Varrer os quartos da observação
E limpar o pó das ideias simples ...
Eis a minha vida, verso a verso.
O que vale a minha vida? No fim (não sei que fim)
Um diz: ganhei trezentos contos,
Outro diz: tive três mil dias de glória,
Outro diz: estive bem com a minha consciência e isso é bastante...
E eu, se lá aparecerem e me perguntarem o que fiz,
Direi: olhei para as cousas e mais nada.
E por isso trago aqui o Universo dentro da algibeira.
E se Deus me perguntar: e o que viste tu nas cousas?
Respondo: apenas as cousas... Tu não puseste lá mais nada.
E Deus, que é da mesma opinião, fará de mim uma nova espécie de santo.
Alberto Caeiro
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