sexta-feira, 23 de abril de 2010

"O estudo da GRH"

"Um administrador ganhou um convite para assistir a um concerto da Sinfonia Inacabada de Franz Schubert. Estando impossibilitado de comparecer, deu o convite ao seu director de Organização, Sistemas e Métodos. Na manhã seguinte, o administrador perguntou-lhe se tinha gostado do concerto. Ao invés de comentários sobre o que ouvira e vira recebeu o seguinte relatório:
Circular Interna nº 13/04
De: Direcção de Organização, Sistemas e Métodos
Para: Administração
Ref: Sinfonia Inacabada
1- Durante um período considerável de tempo, os músicos com oboé não tiveram absolutamente nada para fazer. O seu número deveria ter sido reduzido e o seu trabalho redistribuído pelos restantes membros da orquestra, evitando-se assim estes picos de inactividade;
2- Todos os violinos da primeira secção, doze no total, tocavam notas idênticas. Isto parece-me uma duplicação desnecessária de esforços. O número de violinos nessa secção deveria ter sido drasticamente reduzido. No caso de necessitarem de um maior volume sonoro, deveriam obtê-lo através do uso de um amplificador;
3- Muito esforço foi despendido ao tocarem meios-tons. Isto parece ser um preciosismo desnecessário e seria recomendável que as notas fossem executadas no tom mais próximo, ascendente ou descendente. Procedendo a estas alterações, poder-se-iam substituir os profissionais por estagiários;
4- Não há utilidade prática em repetir com os metais a mesma passagem já tocada pelas cordas. Se toda esta redundância fosse eliminada, o concerto poderia ter sido reduzido de duas horas para apenas vinte minutos;
5- Resumindo por fim as observações dos pontos anteriores, podemos concluir que se Schubert tivesse dado um pouco de atenção a estes pontos, talvez tivesse tido tempo para acabar a sua sinfonia inacabada."
citado em "Manual de Gestão de Pessoas e do Capital Humano"